EXPERIMENTAR O AMOR!

EXPERIMENTAR O AMOR! QUANTAS PESSOAS PERDEM ESTA EXPERIENCIA POR NÃO PARAR PARA DAR ATENÇÃO ÀQUELE QUE ESTENDE A MÃO, É CERTO QUE AS VEZES AS MÃOS ESTENDIDAS SÃO AS MÃOS DE QUEM NOS FERIU, E SE PARARMOS NESTE MOMENTO EXPERIMENTAMOS O AMOR ATRAVÉS DO PERDÃO, SE É DE ALGUÉM QUE JULGAMOS MESQUINHO, EXPERIMENTAMOS O AMOR ATRAVÉS DA HUMILDADE, SE É DE ALGUÉM DE NOSSA FAMÍLIA EXPERIMENTAMOS O AMOR ATRAVÉS DA FRATERNIDADE, SE É DE ALGUÉM QUE SE ENCONTRA MALTRAPILHO, EXPERIMENTAMOS O AMOR ATRAVÉS DA CARIDADE, SE É ALGUÉM QUE NOS CONSOLA, EXPERIMENTAMOS O AMOR ATRAVÉS DA SOLIDARIEDADE, SE É ALGUÉM QUE NOS CORRIGE, EXPERIMENTAMOS O AMOR ATRAVÉS DA VERDADE, SE É ALGUÉM QUE NOS APRESENTA O CRISTO, EXPERIMENTAMOS O AMOR EM SUA TOTALIDADE! ENTÃO PERMITA O AMOR E NÃO VIVERÁS DE VAIDADES! PAZ E FOGO!

quinta-feira, 29 de março de 2012

O Espírito Santo é Deus!


A paz e fogo!
Semana passada vimos que o Espírito Santo está inserido no seio da SS. Trindade.Hoje veremos como diz o tema quem Ele é! “Deus”
I Cor 2,9-12- 9. É como está escrito: Coisas que os olhos não viram, nem os ouvidos ouviram, nem o coração humano imaginou (Is 64,4), tais são os bens que Deus tem preparado para aqueles que o amam.
10. Todavia, Deus no-las revelou pelo seu Espírito, porque o Espírito penetra tudo, mesmo as profundezas de Deus. 11. Pois quem conhece as coisas que há no homem, senão o espírito do homem que nele reside? Assim também as coisas de Deus ninguém as conhece, senão o Espírito de Deus. 12. Ora, nós não recebemos o espírito do mundo, mas sim o Espírito que vem de Deus, que nos dá a conhecer as graças que Deus nos prodigalizou...
Antes quero colocar alguns dados que julguei necessário: Alguns números que achei interessantes. Você sabia que a palavra Espírito esta citada 598 vezes na Sagrada escritura? (versão Ave Maria) sendo no A.T. 250 e 348 no N.T. Sendo citado pela primeira vez em Gen. 1,2 e a ultima em Apoc. 22,17, o termo Espírito Santo aparece no N.T. 93 e no A.T. 3.
Diante destas realidades quero afirmar que o Espírito Santo é Deus, embora na maioria das vezes que a palavra espírito apareça seja para definir um estado em que se encontra a pessoa de quem se fala ex. espírito de soberba (ver Ester 13,12).
Muitas pessoas se refiram ao Espírito Santo como um aspecto de Deus, como “Força de Deus”, II Mac 3, 29, I Cor 1,24, “força divina”, I Cor 1,18, I Ped. 4,11, podemos  considerar estas realidades, mas é necessário sabermos que o Espírito santo não é apenas parte ou aspecto de Deus, o Espírito Santo é Deus tal qual o é o Pai e o Filho, ,embora não temos uma figura , assim como temos do Pai Criador, do Filho Redentor, Ele é Deus por inteiro, Consubstancial ao Pai e ao filho, No Credo Niceno- Constantinopolitano vemos “Espírito Santo, Senhor que dá a vida, e procede do Pai e do Filho; e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado.
Não foi criado como alguns pensam para substituir a presença de Jesus, nem para que pudesse ter participação no plano salvífico e na encarnação de Jesus, esteve presente desde sempre, o principio da Criação do Mundo, está claro logo no I capitulo da Sagrada Escritura, Gen. 1, 1-2 “No princípio, Deus criou os céus e a terra. A terra estava informe e vazia; as trevas cobriam o abismo e o Espírito de Deus pairava sobre as águas.
Agora, nesta Vigília de Pentecostes, nós perguntamo-nos: quem ou o que é o Espírito Santo? Como podemos reconhecê-lo? De que modo vamos a Ele e Ele vem a nós? O que realiza? Uma primeira resposta recebêmo-la do grande hino pentecostal da Igreja, com o qual começamos as Vésperas: "Veni, Creator Spiritus... Vem, Espírito Criador...". Aqui, o hino refere-se aos primeiros versículos da Bíblia que, com o recurso a imagens, exprimem a criação do universo. Ali afirma-se sobretudo que acima do caos, sobre as águas do abismo, pairava o Espírito de Deus. O mundo em que vivemos é obra do Espírito Criador. O Pentecostes não é apenas a origem da Igreja e por isso, de modo especial, a sua festa; o Pentecostes é também uma festa da criação. O mundo não existe por si mesmo; provém do Espírito criativo de Deus, da Palavra criadora de Deus. E por este motivo reflete inclusive a sabedoria de Deus. Na sua vastidão e na lógica omnicompreensiva das suas leis, ela deixa entrever algo do Espírito Criador de Deus....
Espírito Criador tem um Coração. Ele é Amor. Existe o Filho que fala com o Pai. E ambos são um só no Espírito Santo que é, por assim dizer, a atmosfera do doar e do amar, que faz deles um único Deus. Bento XVI, Pentecostes de 2006, www.vatican.va.
Muito mais ainda poderíamos discorrer sobre o assunto, porem vou deixar aqui umas dicas para que você também vá às fontes para beber ainda mais desta riqueza.
O site acima e mais. Catecismo da Igreja Católica pode ser encontrar o link no meu Home Page, e uma series de livros: Escutai o Espírito Santo (Reinaldo B dos Reis), Seminário do Espírito Santo, novena de Pentecostes, (RCC Brasil) e outros locais que o Próprio Espírito Santo te inspirar.
Oremos: Ó Espírito Santo, que tudo criastes e que quer fazer de nós o teu santuário, vem orar em nós e nos convencer da verdade, transforma nossos corações, abre-nos o entendimento, concede-nos Tua Luz, guia nossos passos como fizestes com os  profetas, e o povo de Sua predileção, derrama-se sobre nós como se derramou em Pentecostes e faz com que vivamos o que desejou a  Beata Elena Guerra, o  Papa Leão XIII, ao instituir esta Novena e consagrar o Século XX  a Ti, o que Desejou João XXIII ao convocar o Concilio Vaticano Segundo, e todos os Papas até o dia de hoje, que a Igreja viva um Novo e Perene Pentecostes. "Veni, Creator Spiritus... Vem, Espírito Criador...". Vem!!!


sábado, 24 de março de 2012

Novena de Pentecostes


01-Canto Inicial

02-Introdução

Vinde, Espírito Santo,
Enchei os corações dos vossos fiéis
E acendei neles o fogo do vosso amor

D (dirigente) -Enviai o vosso Espírito e tudo será criado
R (resposta dos participantes)-E renovareis a face da terra

Oremos:

Deus, que instruístes o coração dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo: fazei com
que apreciemos retamente todas as coisas, e gozemos sempre de sua consolação. Por
Cristo, Senhor nosso, Amém.


03-Oração Introdutória
(Em dois grupos ou coros: grupo A e grupo B; D: dirigente; T: todos).


A-Vinde, Espírito Santo e enviai-nos do alto do céu, um raio da vossa luz!
B – Vinde, Pai dos pobres, vinde, fonte de todos os dons, vinde, luz dos corações!
A -Consolador magnífico! Doce hóspede da alma! Doce reconforto!
B-Sois repouso para o nosso trabalho, calmante para as nossas paixões, lenitivo para as
nossas lágrimas!
A-Ó luz da felicidade, inundai plenamente os corações dos vossos fiéis!
B-Sem o vosso auxílio, nada pode o homem, nada produz de bom!
A-Lavai as nossas manchas! Banhai a nossa aridez! Sarai as nossas feridas!
B-Dobrai a nossa dureza! Aquecei a nossa fraqueza! Retificai os nossos erros!
A-Dai aos vossos fiéis, que em vós confiam, os sete dons sagrados!
B-Dai-nos o mérito da virtude! Dai-nos o troféu da salvação! Dai-nos a alegria eterna!
T-Amém! Aleluia!


04-PASSAR PARA A PÁGINA DO DIA DA NOVENA (PRIMEIRO DIA,
SEGUNDO DIA... ETC.)

AO TERMINAR AS ORAÇÕES DO DIA DA NOVENA, CONTINUAR A
PARTIR DAQUI: Benção Final (Se houver um sacerdote presente, ele deve conduzir
este momento)


-Pai Nosso...
-Ave Maria...
-Glória ao Pai...

T-Assim como nos reunimos em vosso nome, ó Divino Espírito Santo concedei-nos,
por vosso amor, a graça de permanecermos sempre unidos na justiça evangélica e na
solidariedade fraterna. Que nunca nos esqueçamos e nos afastemos de vós, e
alcancemos juntos a verdadeira e eterna felicidade. E que esteja sobre nós, sobre nossos
amigos e familiares, sobre nossos intercessores e colaboradores, bem como sobre todos
aqueles com quem ainda não vivenciamos a plena comunhão e caridade, a benção do
Deus único e todo poderoso que é Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.

10-Cântico Final

Abraço da Paz
Recomendações
Despedidas

11-Oração Final

VENI CREATOR

( Hino litúrgico do século IX)


Vem, Espírito Criador, visita o espírito dos que são teus.
Enche de graça e de esplendor os corações que tu mesmo criaste.


Nós te chamamos o Defensor, dom de Deus altíssimo.
fonte viva, fogo, amor e unção da graça.


Tu nos ofereces os sete dons, Tu és o dedo da mão de Deus,
a verídica promessa do Pai: Tu inspiras nossa voz.


Abrasa-nos em tua luz, enche nossos corações.
O que é fragilidade em nosso corpo revigora com teu vigor.


Afasta para longe de nós o inimigo. Desde agora dá-nos a paz.
Sê nosso guia no caminho para que possamos evitar todo mal.


Dá que conheçamos o Pai, revela-nos o filho,
Tu és o Espírito do Pai e do filho. Que sempre creiamos em Ti!



1º dia: O Espírito Santo no seio da Santíssima Trindade

Abertura

(para todos os dias)

4-Leitura Bíblica

Evangelho segundo Mateus, capítulo 3, versículos de 13 a 17, (ler diretamente na
Bíblia; orientar aqueles que não trouxeram a Bíblia a acompanhar a leitura com quem a
tenha).

5-Reflexão Catequética

D-Deus é um só, mas tem três modos de ser, de existir. Da única essência, da única
natureza divina, participam três pessoas divinas. Essas pessoas são absolutamente
iguais quanto à natureza, à essência, quanto à onipotência e à santidade, mas são
distintas, pois que uma não é a outra e inclusive se manifestam conjuntamente a nós
(no batismo de Jesus, por exemplo). “Aquele que é o Pai não é o Filho, e aquele que é o
Filho não é o Pai, nem o Espírito Santo é aquele que é o Pai ou o Filho” (XI Concílio de
Toledo, 675, DS 530). Além disso, podemos falar apropriadamente de diferentes
missões divinas (processões) : uma é a missão do Filho, e outra é a missão do Espírito
Santo-ainda que, sempre quando age, Deus age trinitariamente.

A isso chamamos de Mistério da Santíssima Trindade. E mistério é sempre mistério; se

o compreendêssemos em totalidade, não seria mistério. Mas às vezes dá-se-nos a
impressão de que alguns mistérios são “mais misteriosos” que outros. Este da
Santíssima Trindade, por exemplo. Realmente, não é nada fácil, dentro da lógica
humana, aceitar, sem uma certa inquietude, a realidade de três pessoas num só Deus.
As três pessoas divinas, por si, já são um mistério. Das três, porém, a mais “misteriosa”
é, por assim dizer, a pessoa do Espírito Santo. Porque Ele não tem um rosto (como o
Cristo), não tem uma imagem (como a que fazemos do Pai), não tem um “sinônimo” a
que possamos nos agarrar.

De fato, o Espírito veio até nós de modo misterioso, sutil, “interior”. E não há nenhum
mal em termos mais dificuldades em entendê-Lo. O que não podemos permitir é que,
diante desta maior dificuldade em compreendê-Lo, acabemos por rejeitá-Lo a um
segundo plano em nossa espiritualidade, deixando-O “de lado” em nossas orações, em
nossa devoção, em nosso relacionamento com a Trindade.

Só ousamos falar desse mistério -coisa que jamais descobriríamos por nós mesmos porque
Deus tomou a iniciativa em revelá-lo a nós, e, pacientemente, através dos
séculos, foi gradativamente partilhando conosco a Sua própria vida íntima e misteriosa.
E se Deus se revelou em três pessoas, é porque é da vontade dEle que nós O
conheçamos e O amemos em suas três maneiras de ser. Pois quanto mais o


conhecermos, mais O amaremos e compreenderemos Seu plano amoroso e suas
intenções para nossas vidas...
6-Partilha Espontânea (cerca de 20 minutos)
7-Cântico
8-Oração Final


A -Espírito Santo, que conduziste os profetas por desertos de areia ou pela amplidão
dos mares.
B-Sopra sobre nossos olhos, a fim de que, por toda parte, saibam ver a Trindade Santa.
A-Sopra sobre nossos lábios, a fim de que só digam e cantem a Verdade de que liberta.


B -Abre nossos corações à beleza do mundo, ao alegre esplendor das formas sensíveis
A-Para que todos os nossos encontros sejam sempre louvores a Deus e motivos de
amor.


B-E todas as criaturas constituam oportunidades que nos levem ao Criador.
Amém


9-Sugestão de Atividade em Casa

Ler 2 Cor 13,13; 1 Cor 12,4-6; Mt 28, 16-20. Explique-se o que significam as citações;
também poderão ser aqui sugeridas -considerando-se a assembléia -outras atividades,
propostas de reflexão, de compromisso e de gesto concreto.

Rezar e meditar a seguinte consagração.

CONSAGRAÇÃO AO DIVINO ESPÍRITO SANTO (Pe. Mário Salgueirinho)

Ó Espírito Santo, Divino Espírito de luz e de amor, eu vos consagro a minha
inteligência, o meu coração e a minha vontade, todo o meu ser, no tempo e na
eternidade.

Que a minha inteligência seja sempre dócil às vossas celestes inspirações e à doutrina
da Santa Igreja Católica, de que sois guia infalível.


Que o meu coração seja sempre inflamado do amor de Deus e pelo próximo.

Que a minha vontade seja sempre conforme a vontade divina, e que toda a minha vida
seja uma imitação fiel da vida e das virtudes de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, a
quem, com o Pai e convosco, sejam dadas honra e glória para sempre Amém.

BÊNÇÃO FINAL -CONTINUAR NA PRIMEIRA PÁGINA.


2º dia -O Espírito Santo é Deus

Abertura

(para todos os dias)

4-Leitura Bíblica

Leitura da Primeira Carta de Paulo aos Coríntios, capítulo 2, versículos de 9 a 12 (ler
diretamente na Sagrada Escritura)

5-Reflexão Catequética

D -Muitas pessoas concebem o Espírito Santo como uma “força de Deus”, ou como
uma “luz divina”, ou, ainda, como uma “consolação divina” que Deus nos concede,
apenas. Embora possamos também considerá-lo como essas realidades todas, é
necessário termos em conta que o Espírito Santo não é “uma parte” ou “um aspecto” da
ação divina. Ele é Deus!

Mesmo não assumindo a nossa natureza humana como Jesus -que se fez carne, um de
nós -, o Espírito Santo é Deus mesmo. Terceira Pessoa da Santíssima Trindade, um com

o Pai e o Filho. Procede do amor entre eles, uma só essência, uma só natureza com Eles.
Como Pessoa é livre, tem inteligência e vontade.
Tudo vê, tudo conhece, está presente em tudo e em todos. Exerce hoje, em mim -em
cada criatura, em todos os filhos de Deus -, a missão de santificador, de consolador. É o
Senhor da vida! É aquele que, agindo em nosso interior desde o nosso Batismo, nos
leva a conhecer Jesus, a amá-Lo, a seguir Seus ensinamentos. Ele nos revela Jesus Caminho,
Verdade e Vida. Ele nos convence de que somos salvos pelo sangue do
Cordeiro sem mancha, Jesus Cristo.

Deus sem face. A humildade de Deus. Puro Espírito, que escolheu nosso ser para Seu
Templo, Sua morada, habitando nosso frágil espírito humano.

No credo niceno-constantinopolitano, rezamos: “Creio no Espírito Santo, Senhor que
dá a vida, e procede do Pai e do Filho; e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado;
Ele que falou pelos profetas”.

Ao professarmos nossa fé na Pessoa do Divino Espírito Santo, a Igreja nos ensina:
“Aquele que o Pai enviou aos nossos corações, o Espírito do seu Filho, é realmente
Deus. Consubstancial ao Pai e ao Filho, Ele é inseparável dos dois, tanto na Vida íntima
da Trindade como no seu dom de amor pelo mundo. Mas ao adorar a Santíssima
Trindade, vivificante, consubstancial e indivisível, a fé da Igreja professa também a
distinção das Pessoas. Quando o Pai envia seu Verbo, envia sempre seu Sopro: missão
conjunta em que o Filho e o Espírito Santo são distintos, mas inseparáveis. Sem dúvida,


é Cristo que aparece, Ele, a imagem visível do Deus invisível; mas é o Espírito Santo
que O revela” (Catec; n.689-690). E diz mais o Catecismo da Igreja Católica n.253:
“As pessoas divinas não dividem entre si a única divindade. Mas cada uma delas é
Deus por inteiro:” O Pai é aquilo que é o Filho, O Filho á aquilo que é o Pai, O
Espírito Santo é aquilo que são o Pai e o Filho, isto é, um só Deus quanto à natureza”
(XI Concílio de Toledo, em 675:DS 530).

6-Partilha Espontânea (cerca de 20 minutos)

7-Cântico

8-Oração Final

A -Divino Espírito Santo, necessitamos muito de vossa ajuda para conhecer o caminho
que devemos seguir.

T -Dai-nos, ó Pai, por Jesus, o vosso Espírito Santo!

B -Temos necessidade de vós, para que nosso coração, inundado vossa consolação, se
abra, e que muito além das palavras e dos conceitos, possamos perceber em nós a vossa
presença de Pessoa Divina.

T -Dai-nos ó Pai, por Jesus, o Vosso Espírito Santo!

A -Cremos, Ó Espírito Santo, que viveis na Igreja e em nós, sois nosso hóspede
permanente, sempre a modelar em nosso ser a figura e a forma de Jesus Cristo.

T -Dai-nos, ó Pai, por Jesus, o vosso Espírito Santo!

B-Nós nos dirigimos também a Vós, Maria, Mãe da Igreja, que viveste a plenitude
inebriante do Espírito Santo, experimentaste a sua força em vosso ser e o vistes
operando em vosso filho Jesus: intercedei por nós, para que nossa mente e o nosso
coração se abram à ação divina.

T -Dai-nos, ó Pai, por Jesus, o Vosso Espírito Santo!

A -Fazei com que tudo o que pensamos, fazemos ou ouvimos, todos os nossos gestos e
todas as nossas palavras sejam tão-somente abertura e disponibilidade a este único Santo
Espírito que forma a Igreja no mundo.

T -Dai-nos, ó Pai, por Jesus, o Vosso Espírito Santo!

B -Edifica o corpo de Cristo na história; promove o testemunho da fé; consola e
conforta; plenifica de confiança e de paz o nosso coração, mesmo em meio às
dificuldades e tribulações.


T -Dai-nos, ó Pai, por Jesus, o Vosso Espírito Santo!

T -Nós o pedimos, Pai, juntamente com a intercessão de Maria e de todos os santos, e
em nome do vosso filho Jesus Cristo, nosso Senhor. Amém.

9-Sugestão de Atividade em Casa

Ler At. 5,1-6; Rm 8,5-15

BÊNÇÃO FINAL -CONTINUAR NA PRIMEIRA PÁGINA.


3º Dia -O Espírito Santo é uma Pessoa

Abertura

(para todos os dias)

4-Leitura Bíblica

Leitura do livro dos Atos dos Apóstolos, capítulo 13, versículos de 01 a 04.

5-Reflexão Catequética

D -Como já vimos, Deus é sempre um mistério. E, das três Pessoas, o EspíritoSanto parece ser a mais misteriosa de todas. É o “Deus sem face” (ao contrário do Filho
que assumiu a nossa natureza humana) o “Deus sem referência humana” (ao contrário
da Primeira Pessoa, a quem chamamos por um nome que nos é bastante comum: Pai!)...
Para referir-se a Ele, as Sagradas Escrituras lançam mão de símbolos, tais como: Água,
Unção, Fogo, Nuvem, Luz, Selo, Mão, Dedo e Pomba (Catec. N 694 a 701). E quando
questionados a respeito de quem é o Espírito Santo, comumente também respondemos
com conceitos totalmente impessoais, ou abstratos, como: “Ele é o amor, a consolação,
a luz, a força, a esperança, o revelador...”

Na realidade, Deus é, na sua natureza, amor (cf.1 Jo 4,16). Por conseguinte, dom, vida
incessantemente doada. Enquanto fonte permanente desse dom, Deus é Pai. Enquanto
expressão e receptor desse dom, Deus é Filho. Enquanto dom mesmo, ele é o Espírito.
“Uma só essência, uma substância ou natureza, mas três pessoas”, nos ensina o Concílio
de Latrão. E, de fato, aprendemos todos – e desde cedo -que o Espírito Santo é a
terceira pessoa da Santíssima Trindade. Mas em que sentido? Como é que alguém que
eu não vejo, não toco, e que é “espírito”, pode ser uma pessoa?...

Ainda que limitados pelo curto alcance dos conceitos humanos, podemos ser auxiliados
nessa “compreensão” quando associamos a palavra pessoa (persona) ao conceito de
personalidade. O Espírito Santo traz em si todos os atributos de uma personalidade.
Ele tem intenção (Rm 8,27), tem conhecimento (1 Cor 2,10-11), tem vontade própria (1
Cor 12,11) experimenta emoções (Ef 4,30). Ele se relaciona e age como somente uma
pessoa poderia fazê-lo: Ele fala (At. 1,16), ora (Rom 8,26-27), ensina (Jô 14, 26) opera
milagres (At 2, 4 ; 8, 39) ordena (At 8, 29; 10,19-20; 11,12; 13,2) proíbe (At 16, 6-7),
guia as pessoas (Rom 8,14) e consola a Igreja (At 9,31) -entre outras tantas ações...

A consciência de que o Espírito Santo é uma pessoa deve gerar em nós um impacto que
interpele a nossa vida: se o Espírito Santo é uma Pessoa, nós precisamos aprender a ter
com Ele um relacionamento pessoal -isto é, de pessoa para Pessoa. Ele não pode
continuar sendo para nós apenas um dado teológico, doutrinário, mas... uma Pessoa,
amiga! Uma Pessoa com quem posso partilhar minhas dificuldades, minhas vitórias,
meus fracassos, minhas alegrias...


A propósito, você já entabulou uma conversa com o Espírito Santo, hoje? Já lhe disse,
por exemplo, “Bom Dia Espírito Santo?”. Afinal, Ele é também o nosso Advogado, o
nosso Consolador e Aquele que nos dá força...

6-Partilha Espontânea (cerca de 20 minutos)
7-Cântico
8-Oração Final
A -Espírito Santo contemplar-te é mergulhar o olhar no invisível, em pleno mistério de

Deus.

B-Não tens um semblante de Evangelho como o Cristo, nem de face de Pai; mesmo
renunciando a te imaginar um rosto, queremos aderir a Ti com todas as nossas forças;
A-Não tens um semblante porque és o fogo do amor que reúne os semblantes do Pai e

do Filho, para não formar senão um só, numa sublime fusão;
B -Vives nos semblantes de outrem, como sua vida mais secreta, e és tu que nos revela


o autêntico semblante do Salvador, bem como o do Pai celeste;
A -És abismo de profundidade, recôndito inexpugnável e inexprimível de se
representar em traços delimitados.
B-Tu és o sopro que emana do Pai e do Filho que vem animar o nosso espírito, fornar


mos uma feição espiritual.

A-Tu és a respiração de nossa alma, o pensamento de nosso pensamento, o impulso de
nossa vontade, a força do nosso amor;
B-Tu és a vida divina que vem nos fazer viver o Cristo, que invade o nosso ser para

transfigurá-lo.
A-Tu nos ultrapassas infinitamente e, no entanto, és tão intímo a nós;
B-Não resides num longínquo abstrato, mas no concreto palpitante de nossa existência.
T-Contemplar-te é deixar-se tomar pela torrente de um amor que transborda e se apossa


de toda a nossa pessoa humana. Amém.

9-Sugestão de Atividade em Casa

Procurar em sua Bíblia as indicações do texto da Reflexão Catequética de hoje,e se
possível, identificar outros exemplos de ações pessoais do Espírito Santo.


BÊNÇÃO FINAL -CONTINUAR NA PRIMEIRA PÁGINA.



4º Dia-O Espírito da Promessa no Antigo Testamento

Abertura

(para todos os dias)

4-Leitura Bíblica

Leitura do Livro do Profeta Ezequiel, capítulo 36, versículos de 24 a 28

5-Reflexão Catequética

A-É da maior importância para a nossa abertura à Pessoa do Espírito Santo
compreendermos adequadamente -tanto quanto nos permite a Revelação e a nossa
capacidade de interpretá-la -o significado central daquilo que aconteceu no histórico
evento de Pentecostes.

Pentecostes não é, simplesmente, “a vinda do Espírito Santo”, como comumente
costuma-se afirmar. O Espírito Santo -Pessoa divina que é -sempre esteve presente na
história da humanidade, não sendo pois correto crer que Ele só tenha vindo atuar em
nosso meio depois de Pentecostes.

De fato, já no segundo versículo da Bíblia (Gn 1,2), encontramos a expressão: “... O
Espírito pairava sobre as águas...”. E ela nos ensina ainda, por exemplo, que Ele desceu
sobre Enoque, Abraão, Isaque e Jacó; que o Faraó compreendera que José possuía o
Espírito de Deus; que os milagres de Moisés eram operados por Sua virtude; que atuou
em Otoniel, Gedeão, Débora, e Sansão; que Samuel e Davi profetizavam pelo Espírito
Santo; que Azarias e Oziel o possuíam. E Isaías (63, 11-12) aduz: “Onde habita aquele
que enviou no meio deles o Espírito Santo, guiando Moisés pela destra? Desceu o
Espírito do Senhor e foi o guia do seu povo...”

Outras passagens da Sagrada Escritura confirmam esta presença e este operar do
Espírito Santo nos tempos descritos pelo Antigo Testamento. Do conjunto dessas
afirmações, podemos caracterizar em certo sentido o modo como o Espírito Santo
estava presente e operava na história da salvação, antes de Pentecostes (porque, depois,
seria diferente!). Podemos dizer que:

a) O Espírito Santo se manifestava ( ou “se apossava de”, ou “agia
em”...) apenas em algumas pessoas, escolhidas por Deus com vistas a algum
propósito de Sua parte (alguns reis, profetas, juízes, ou sacerdotes).
b) O Espírito se manifestava na vida dessas pessoas por um
determinado tempo, apenas; cessada a “missão”, a “tarefa” ou o
“propósito”, cessava a aparente manifestação; Ele ainda não “habitava” o
ser humano como hoje nos é possível;
c) A presença do Espírito na vida de todas as pessoas era uma presença
considerada do tipo “natural”, ou imanente, a sustentar e garantir nelas a


vida -do que Ele é Senhor e Fonte! Não era ainda uma presença do tipo
“sobrenatural” -além da natureza humana -, uma presença pela graça, como
nos é possível hoje por um intermédio dos Sacramentos.
d) Não se tinha a consciência -a revelação -que temos hoje a respeito
do Espírito Santo. Percebiam-No mais como uma “força divina”, e não
como a presença e a ação de uma Pessoa Divina, da Trindade.

Algumas promessas, porém, da parte de Deus pela boca de seus profetas (e depois, pela
boca do próprio Jesus) nos davam conta de que, para os tempos messiânicos -ou seja,
depois da vinda do Filho-, a presença e o operar do Espírito seriam diferentes. Por
exemplo, pela boca do profeta Joel, Deus nos anunciava: “Depois disso acontecerá que
derramarei o meu Espírito sobre todo o ser vivo: vossos filhos e vossas filhas
profetizarão; vossos anciãos terão sonhos, e vossos jovens terão visões. Naqueles dias,
derramarei também o meu espírito sobre os escravos e as escravas.” (Jl 3,1-2; ver
também Ez 36, 25-27, Is 44,3).

Pentecostes é a realização dessas promessas a respeito do Espírito. E a nós, a quem
coube viver nesses tempos em que Pentecostes já é uma realidade, é dada a
possibilidade de desfrutar os privilégios que o novo modo do Espírito Santo estar
presente e agir veio nos trazer, como veremos nos próximos encontros...

6-Partilha Espontânea (cerca de 20 minutos)

7-Cântico

8-Oração Final

A -Quem és tu, doce luz que me inundas e aclaras a noite do meu coração? Tu me
guias com tua mão maternal. Se me desamparas, não avanço mais, nem sequer um
passo.

B -Tu és o espaço que cerca o meu ser e no qual tu te ocultas. Se me abandonas, caio
no abismo do nada, do qual me chamaste para o ser.

A -Estás mais próximo de mim que eu, és mais íntimo de mim que meu íntimo.

B-E, contudo, ninguém te atinge, ninguém te compreende.

T-E nenhum nome pode aprisionar-te: Espírito Santo Eterno Amor.

A -Vem, Espírito Criador venerado e todo-poderoso, pelo qual tudo foi feito.

B -Tu tens tudo em tuas mãos, tu que estás acima de toda sabedoria e de todo poder.

A -Nada pode descrever-te, compreender-te, sondar-te.


B -Tu terminas toda a criação em sua essência; tu és inseparável de todas as coisas em
sua força.

A -Nós te bendizemos, Senhor de todas as coisas e muito bom!
B-De ti procedem toda existência, toda respiração, todo pensamento, todo
conhecimento de Deus.


A -Nós te bendizemos porque és tu que nos fazes ver a beleza do céu, o percurso do
Sol,
B -o círculo da lua, a magnificência das estrelas.
T -Por isso nós proclamamos: Glória a Ti, Espírito Criador!
D -Divino Espírito Santo.
T -Iluminai-nos.
9-Sugestão de Atividade em Casa


Jl 3,1-2; Ez 36, 25-27; Is 44,3. “ Repetir, por diversas vezes durante o dia, jaculatórias
como: “Divino Espírito Santo, iluminai-me”; “Espírito Divino, concedei-me os vossos
santos dons”; “Renova-me, Divino Espírito Santo”, e outras que espontaneamente
surgirão.

BÊNÇÃO FINAL -CONTINUAR NA PRIMEIRA PÁGINA.


5º dia-A Catequese de Jesus sobre o Espírito Santo

Abertura

(para todos os dias)

4-Leitura Bíblica

Leitura do Evangelho de Jesus Cristo segundo João, cap. 14, versículos de 12 a 17.

5-Reflexão Catequética

D -Jesus Cristo é o portador definitivo das boas novas da Revelação. Anuncia-nos com
autoridade que Deus é Pai, que Ele e o Pai são um e que o Espírito Santo é o “outro
Paráclito” que haveria de vir para dar testemunho dele.

Nos capítulos 14, 15 e 16 do Evangelho de São João, especialmente, Jesus expõe aos
seus discípulos uma nova e esclarecedora catequese sobre o Espírito Santo. Refere-se a
Ele, pela primeira vez, como a alguém, como a uma Pessoa. Explica-nos o novo modo
como essa Pessoa Divina estará em nosso meio, e qual a essência de sua missão: estará
conosco eternamente; e não só conosco, mas em nós (Jo 4, 15-17); ensinar-nos-á todas
as coisas e nos recordará tudo o que Jesus nos disse (Jo 14,26); dará testemunho, não de
Si mesmo, mas de Jesus (Jo 15,26); e que -era verdade-convinha a nós que Ele (Jesus)
voltasse para o Pai, porque, assim, o Espírito viria para estar conosco e nos convenceria
a respeito do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16, 7-8); e que Ele nos conduziria à
completa verdade, pois não falaria de Si mesmo, mas tomaria daquilo que ouvira do
próprio Cristo, e o glorificaria! (Jo 16, 13-14).

Antes de sua ascensão, Jesus ainda nos fará outras revelações a respeito da Pessoa do
Espírito Santo. Mas, daquilo que já disse até aqui, podemos compreender com mais
clareza que:

a -O Espírito Santo é uma Pessoa; misteriosa, divina, mas uma Pessoa;

b-é necessária a Sua vinda para a continuação da obra da salvação iniciada por Jesus,
sobre quem Ele testemunhará;

c -não estará mais apenas conosco, mas em nós;

d -e não por pouco tempo, mas eternamente;

e-por Ele teremos acesso à verdade sobre o Cristo, de quem Ele recordará
eternamente as palavras e os feitos...


Além dessas novidades apontadas por Jesus a respeito do novo modo de O Espírito
Santo estar presente entre nós após a sua partida, temos um outro elemento que é de
fato fundamental para o entendimento do significado de Pentecostes. E um dos textos-
chave para esse entendimento é o que nos oferece o Evangelho de João no seu capítulo
7, versículos de 37 a 39, quando diz: “No último dia, que é o principal dia de festa,
estava Jesus de pé e clamava: ‘Se alguém tiver sede, venha a mim e beba. Quem crê em
mim, como diz a Escritura: Do seu interior manarão rios de água viva’ (Zc 14, 8; Is 58,
11). Dizia isso, referindo-se aos que cressem nele, pois ainda não fora dado o Espírito,
visto que Jesus ainda não tinha sido glorificado.”

Tenhamos em mente esse texto ao realizarmos o nosso próximo encontro.

6-Partilha Espontânea (cerca de 20 minutos)

7-Cântico

8-Oração Final

A -Vem, Espírito Santo, e santifica-me.
Vem, Espírito de Verdade, e enche-me de ti.
Que a tua sapiência divina me instaure na Verdade.


B -Eu desejo que a Verdade reine na minha mente, nas minhas palavras, nos meus
afetos, nas minhas ações, evitando tudo o que lhe seja contrário, não só a mentira, senão
também a dissimulação, a duplicidade, a falta de sinceridade.

A -Vem, Espírito de paz, e dá-me a tua paz, a paz profunda que dilata a alma e a torna
apta às tuas operações; a paz que acalma e domina todo o sensível;

B -Vem, Espírito de caridade, faze-me tão inflamado de teu amor, que o faça
transbordar sobre as almas que eu desejo levar a ti.

A -Ó Divino Espírito, trasnsforma-me em amor.
Só assim poderei responder plenamente a teu convite, a ser útil à Igreja.


B -Ó Espírito da Verdade, faze-me conhecer o Verbo, ensina-me a lembrar-me sempre
de tudo quanto ele disse.

A -Ilumina-me, guia-me, torna-me, conforme Jesus, em outro Cristo , comunicando-me
as suas virtudes,

B -sobretudo paciência, a humildade, a obediência.

T -Faze-me participar da tua obra redentora.
Faze-me entender, e amar a cruz.


9 – Sugestão de Atividade em Casa

Reler o capítulo 7, versículos de 37 a 39 do Evangelho de João, Jo 14, 26; Jo 15, 26, Jo
16, 7-8. 13-14.

]BÊNÇÃO FINAL -CONTINUAR NA PRIMEIRA PÁGINA.

DIVINO ESPÍRITO ( Paulo VI)

Ó Espírito santo!
Daí-me um coração grande,
aberto à vossa silenciosa e forte palavra inspiradora;
fechado a todas as ambições mesquinhas;
alheio a qualquer desprezível competição humana;
Compenetrado do sentido da Santa Igreja!
Um coração grande, desejoso de se tornar
semelhante ao coração do Senhor Jesus!
Um coração grande e forte, para amar a todos,
para servir a todos, para sofrer por todos!
Um coração grande e forte para superar
todas as provações, todo tédio, todo cansaço,
toda desilusão, toda ofensa!
Um coração cuja felicidade é palpitar
com o coração de Cristo, e cumprir humilde,
fiel e virilmente a vontade do Pai.
Amém.



6º Dia-Espírito Santo, dom de Deus

Abertura

(para todos os dias)

4-Leitura Bíblica

Leitura da Carta de Paulo aos Romanos, capítulo 5, versículos de 1 a 5.

5-Reflexão Catequética

D -Dizia o Evangelho de João, na leitura que vimos em nosso encontro anterior (Jo 7,
37-9), que o “Espírito ainda não tinha sido dado porque Jesus não tinha ainda sido
glorificado.”

Depois da catequese sobre o Espírito Santo -também já vista por nós (capítulos 14, 15 e
16 de São João) -, Jesus se dirige ao Pai em oração e pede que seja removida essa
barreira: “Pai, é chegada a hora: glorifica o teu Filho, para que o teu Filho possa
glorificar-te...” (Jo 17, 1). E nós sabemos em que consiste a glorificação de Jesus,
descrita nos capítulos seguintes (18 e 19): prisão, julgamento, paixão, morte e
ressurreição!

Após esses fatos (capítulo 20), naquele que é considerado o “Pentecostes apostólico”, já
vemos os efeitos da glorificação de Jesus: embora as portas estivessem fechadas, Jesus
aparece no meio deles, mostra-lhes suas chagas gloriosas, deseja-lhes a paz, sopra sobre
eles (retomando uma imagem do Espírito muito conhecida deles,o ruah) e diz:
“Recebam o Espírito Santo! ( Jo 20, 19-21). Como a dizer: “Sim, recebam-no; agora
Ele pode ser dado (como Eu vos disse!), agora Ele é dom para vocês...”

Na outra descrição de Pentecostes registrada por Lucas (Atos 1 e 2), temos outras
evidências do novo modo de o Espírito Santo estar presente. Jesus, já ressuscitado e
prestes a ascender aos céus (glorificado, portanto), instrui os apóstolos a aguardarem em
Jerusalém, pois agora iria se cumprir-se a promessa do Pai. “Vocês vão receber o poder
do Espírito Santo, que virá até vós” (cf. At 1,8), dizia.

Na seqüência, acontece o prometido. Os apóstolos, com Maria e algumas outras
mulheres, estavam em oração no Cenáculo quando um vento impetuoso tomou conta do
lugar, e umas como que línguas de fogo pousaram sobre eles, que logo começaram a se
expressar com manifestações carismáticas, “falando em diferentes línguas conforme o
Espírito lhes concedia que falassem.” E sendo entendidos por “pessoas de diferentes
línguas e nações” (cf. Atos 1,12-14, Atos 2, 1ss).

Quando o povo, atônito com aquela manifestação espiritual, pergunta a Pedro o que
fazer, ele diz: “Arrependam-se, sejam batizados em nome de Jesus para o perdão de
vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo; pois a promessa que foi feita a


respeito dele é para vós, para vossos filhos e para todos aqueles que estão distantes, e
que Deus está chamando a Ele,” (cf. Atos 2, 37-39)

Cumpriu-se a promessa. Com Jesus glorificado, o Espírito é dado para todos os que
ouvem o chamado do Senhor nosso Deus. O Pai e o Filho -como doadores -se doam a
nós na Pessoa do Espírito Santo. Ele é uma Pessoa-dom, para nós de agora em diante.
Inicia-se aí, em Pentecostes, uma possibilidade de relacionamento com Deus, no
Espírito Santo, como nunca fora possível antes. Privilégio dos tempos messiânicos,
privilégio nosso.

Agora o Espírito se doa a todos, vem para estar em nós (“Acaso não sabeis que sois
templo do Espírito?”, cf. 1Cor 3, 16), vem para estar “eternamente conosco” (cf. Jo 14,
16), como Pessoa divina ( e não como uma coisa!), de modo não apenas natural mas,
pela graça dos sacramentos, de um modo que supera admiravelmente a nossa natureza
humana (cf. 1Cor 2, 4-5.10-14). E nosso Catecismo da Igreja Católica nos confirma:
“O Espírito Santo está em ação com o Pai e o Filho do inicio até a consumação do
Projeto da nossa Salvação. Mas é nos ‘últimos tempos’, inaugurados pela Encarnação
redentora do Filho, que Ele é revelado e dado, reconhecido e acolhido como Pessoa.”
(n.686). Buscar, pois, ter para com a Pessoa Divina do Espírito Santo um
relacionamento pessoal íntimo, é corresponder aos dom (ao presente) que Deus faz de
Si mesmo, a nós, em Pentecostes. Há como recusar isso?!

6-Partilha Espontânea (cerca de 20 minutos)

7-Cântico

8-Oração Final

A -Louvor a ti, Senhor poderoso,
Espírito consolador;
generoso dispensador de todos os bens,
igual ao Pai e ao Filho,
a ti a glória e a soberania.


B -És a Luz e portador da luz.
Ès bondade de fonte de toda a bondade.
És o Espírito que forma profetas e suscita apóstolos.


A-Dás a vitória aos mártires e poder aos confessores.
Tornas inteligentes os que te procuram, orientas os que estão sem destino,


B -consolas os tristes e fortaleces os fracos, cuidas dos feridos, ergues os que caíram,
dás coragem aos que têm medo, acalmas os violentos, abrandas os corações
endurecidos, confirmas os fiéis e resguardas os que crêem.



A -Eu te suplico, Espírito consolador,
desce ao templo do meu coração,
como descestes à sala do cenáculo,
testemunha da santa ceia.


B -Vivifica-me com teus dons benfazejos,
abrasa-me o coração com o fogo do teu amor,
concede-me tua sabedoria eterna,
e que tua luz resplandecente me purifique o coração.


A -Que eu te conheça com verdadeiro discernimento,
tu que reinas com o Pai e o Filho.


B -Guia-me para que te glorifique e te adore com toda pureza, amor e obediência.


T-com o Pai de quem procedes e com o Filho de quem recebes, agora e sempre.
Espírito Santo vem rezar em mim.


9-Sugestão de Atividade em Casa

Ler At 8, 9-25

BÊNÇÃO FINAL -CONTINUAR NA PRIMEIRA PÁGINA.


7º Dia-Sereis Batizados no Espírito Santo

Abertura

(para todos os dias)

4-Leitura Bíblica

Leitura do Livro dos Atos dos Apóstolos, capítulo 1, versículos de 4 a 9.

5-Reflexão Catequética

D -Na celebração da vigília de Pentecostes de 2004, em Roma, o Papa João Paulo II
afirmou em seu discurso: “Desejo que a espiritualidade de Pentecostes se difunda na
Igreja como um renovado salto de oração, de santidade, de comunhão e de anúncio”
(29/05/2004).

Ora, o elemento central de toda a espiritualidade de Pentecostes não é um devocional,
um rito litúrgico ou uma novena de orações, simplesmente. Aquilo de mais significativo
que a espiritualidade de Pentecostes -mormente em conseqüência da reflexão emanada
do Concílio Vaticano II a respeito da Pessoa e do operar do Espírito Santo -tem
resgatado e oferecido à Igreja é uma experiência: a experiência do chamado “Batismo
no Espírito Santo”...

“Entre os católicos da Renovação a frase ‘batismo no Espírito Santo’ se refere a dois
sentidos ou momentos. O primeiro é propriamente teológico. Nesse sentido, todo
menbro da Igreja é batizado no Espírito Santo pelo fato de ter recebido os sacramentos
da iniciação Cristã. O segundo é de ordem experiencial e se refere ao momento ou
processo de crescimento pelo qual a presença ativa do Espírito, recebido na iniciação,
se torna sensível à consciência da pessoa. Quando se fala, na renovação católica, do
batismo no Espírio Santo, recebido na iniciação, se torna sensível à consciência da
pessoa. Quando se fala, na renovação católica, do batismo no Espírito Santo,
geralmente se refere a essa experiência consciente que é o sentido experiencial.”
(Documento de Malines, Orientações Teológicas e Pastorais da RCC, Cardeal Suenens
e outros). Para Dom Paul Josef Cordes -atual presidente do Pontifício Conselho Cor
Unum (das obras de misericórdia) -, “o batismo no Espírito Santo” é experiência
concreta da “graça de Pentecostes” na qual a ação do Espírito Santo torna-se realidade
experimentada na vida do indivíduo e da comunidade de fé. O “derramamento do
Espírito Santo” é introdução decisiva a uma renovada percepção e a um novo
entendimento da presença e da ação de Deus na vida pessoal e no mundo. É, em suma, a
redescoberta experiencial, na fé, de que Jesus é Senhor pelo poder do Espírito para a
glória do Pai. Enraizado na graça batismal, o “batismo no Espírito” é essencialmente aexperiência da renovada comunhão com as pessoas divinas. É abertura e manifestação
da vida trinitária nos que foram batizados [...] Com demasiada freqüência, indivíduos
batizados não tiveram um encontro genuíno com o Senhor; “muitas vezes não se
verificou a primeira evangelização” e ainda não há “adesão explícita e pessoal a Jesus


Cristo” (Catechese Tradendae 19). Segundo ainda Dom Paul Cordes, a expressão
“batismo no Espírito” pode ser usada em muitos sentidos. Aqui, “batismo no Espírito
Santo” é usada com respeito à experiência de receber o Espírito Santo com a vida de
graça, juntamente com a recepção dos carismas, como parte integrante da iniciação
cristã, ou como reapropriação ou inspiração mais tardia em um contexto nãosacramental
do que já foi recebido na iniciação (op.cit; p.28). Como se vê, há de se
entender aqui a palavra “batismo”, no seu sentido primário, não sacramental, que se
refere ao ato de mergulhar, imergir alguma coisa ou alguém em uma outra realidade
(no nosso caso, um “inundar-se” no mistério da efusão do Espírito dispensado pelo Pai
por intermédio de Jesus, em Pentecostes, que foi “derramado” conforme a promessa (cf.
At 2,16-21). Também se recorre com freqüência ao termo efusão do Espírito ou, ainda,
“derramamento do Espírito”, e mesmo “um liberar do Espírito Santo”, querendo-se,
sempre, referir-se àquela experiência que nos leva a abrirmo-nos mais à realidade da
Trindade de Deus em nós, com uma crescente consciência a respeito do significado dos
sacramentos da iniciação cristã, nos batizados sacramentalmente. Essa especial e
profunda “percepção” – definida, perceptível, envolvente - do relacionamento pessoal
com Jesus Cristo que essa experiência proporciona não faz parte de nenhum movimento
em particular - em caráter exclusivo - mas é patrimônio da Igreja, que celebra os
sacramentos da iniciação e por quem recebemos o Espírito Santo.
Antes de entender e elaborar uma teologia a respeito do Espírito Santo, os apóstolos
tiveram uma experiência com Ele. Ainda que, a princípio, não entendêssemos tudo o
que pode significar, os frutos desse chamado batismo no Espírito deveriam, por si sós,
motivar-nos a querê-lo, a desejá-lo- e com muita sede - para a nossa vida de fé. Alguns
dos frutos que se percebem na vida dos que buscam e experimentam essa graça são:
. Conversão interior radical e transformação profunda da vida;
. Luz poderosa para compreender melhor mistério de Deus e seu plano de
salvação;
. Novo compromisso pessoal com Cristo;
. Gosto pela oração pessoal e comunitária;
. Amor ardente à Palavra de Deus na Escritura;
. Busca viva dos sacramentos da Reconciliação e da Eucaristia;
. Amor verdadeiro e autêntico à Igreja e às suas instituições;
. Descobrimento de uma verdadeira opção preferencial pelos pobres;
. Entrega generosa ao serviço dos irmãos, na fé.
. Força divina para dar testemunho de Jesus em todas as partes;
6- Partilha Espontânea (cerca de 20 minutos)
7- Cântico

8- Oração Final

A –Vinde Espírito Santo
E enviai-nos do alto do Céu,
Um raio da vossa luz!


B – Vinde, Pai dos pobres,
Vinde, fonte de todos os dons,
Vinde, luz dos corações!


A -Consolador magnífico!
Doce hóspede da alma!
Doce reconforto!


B -Sois repouso para o nosso trabalho,
Calmante para as nossas paixões,
Lenitivo para as nossas lágrimas!


A -Ó luz da felicidade,
Inundai plenamente
Os corações dos vossos fiéis!


B-Sem o vosso auxílio,
Nada pode o homem,
Nada produz de bom!


A -Lavai as nossas manchas!
Banhai a nossa aridez!
Sarai as nossas feridas!


B – Dobrai a nossa dureza!
Aquecei a nossa frieza!
Retificai os nossos erros!


A -Dai aos vossos fiéis,
Que em Vós confiam,
Os sete dons sagrados!


B -Dai-nos o mérito da virtude!
Dai-nos o troféu da salvação!
Dai-nos alegria eterna!
T-Amém, Aleluia!
9-Sugestão de Atividade em Casa


Mc 1, 4-8. Após a leitura, orar por alguns momentos pedindo a Deus que nos conceda
um maior entendimento para amadurecermos, crescermos nosso relacionamento com a
Pessoa-dom, que é o Espírito Santo.

(O dirigente pode dar alguns exemplos de pequenas orações espontâneas a serem
feitas).

Rezar também:

CONSAGRAÇÃO AO ESPÍRITO SANTO

(Santiago Alberione)

Espírito Santo, amor eterno do Pai e do Filho, eu te adoro, te dou graças, te amo e te
peço perdão pelas vezes que te ofendi em minha própria pessoa ou em meu próximo.

Desce com a plenitude de teus dons nas sagradas ordenações dos bispos, sacerdotes e
diáconos; na profissão dos religiosos, na conformação dos fiéis. Dá-nos a todos: luz,
santidade e espírito missionário.

Espírito de verdade, te consagro a mente, a imaginação, a memória: ilumina-me para
que eu conheça a Cristo Mestre e assimile seu Evangelho e a doutrina da Igreja.
Acrescenta em mim o dom da sabedoria, da ciência, da inteligência e do conselho.

Espírito santificador, te consagro a minha vontade: guia-me segundo os teus desejos,
ajuda-me a ser fiel na observância dos mandamentos de Deus e em meus
compromissos. Concede-me o dom da fortaleza e do temor de Deus.

Espírito vivificador, te consagro meu coração: conserva e acrescenta em mim a vida
divina. Concede-me o dom da piedade. Amém.

BÊNÇÃO FINAL -CONTINUAR NA PRIMEIRA PÁGINA.


8º Dia-A efusão do Espírito Santo

Abertura

(para todos os dias)

4-Leitura Bíblica

Leitura da Carta de Paulo aos Gálatas, capítulo 5, versículos de 16 a 23.

5-Reflexão Catequética

D -Por sua Páscoa, Jesus Cristo redimiu todo o gênero humano. Por Ele, todos os
homens têm acesso à salvação. É fundamental, porém, que todos e cada homem -já
salvos -assumam, explícita e pessoalmente, essa salvação. O mistério da salvação
oferecido gratuitamente por Deus precisa ser aceito livremente por cada um de nós,
como opção pessoal, em uma atitude de obediência de fé. “ Para que se preste essa fé,
exigem-se gravação prévia e adjuvante de Deus e os auxílios internos do Espírito Santo,
que move o coração e converte-o a Deus, abre os olhos da mente e dá ‘a todos
suavidade no consentir e crer na verdade’. A fim de tornar sempre mais profunda a
compreensão da Revelação, o mesmo Espírito Santo aperfeiçoa continuamente a fé por
meio de Seus dons” (Constituição Dogmática Dei Verbum, n. 5). Ou seja, não se avança
na percepção progressiva do mistério da salvação realizada por Jesus Cristo sem se
deixar habitar em plenitude pelo Espírito Santo, sem experimentar continuamente de
sua efusão admiravelmente manifestada, derramada, dada e comunicada em Pentecostes
(cf. Catec; n. 731), mas prometida para estar conosco eternamente. “Tendo entrado uma
vez por todas no santuário do céu, Jesus Cristo intercede sem cessar por nós como
mediador que nos garante permanentemente a efusão do Espírito Santo.” (Catec., n.
667).

O Espírito não cessa, pois, de levar continuamente as pessoas à experiência do Cristo
vivo e ressuscitado, por meio de sua efusão. Crentes, descrentes, batizados só de nome,
praticantes, santos e pecadores, são visitados por essa graça pascal (v. Catec., n.731), e
dão um salto qualitativo na fé, que vai de um não conhecimento, de um conhecimento
insuficiente, de um conhecimento estribado na cultura e na razão, apenas, a um
conhecimento experiencial, que aguça a fé e sacia a sede e que envolve todo nosso ser e
proporciona a todos uma progressiva tomada de consciência a respeito do real
significado dos sacramentos da iniciação cristã, do que significa ser cristão, ser salvo,
ser Igreja... E não precisamos ficar esperando que, aleatoriamente, uma hora aconteça
conosco. Ou, se já aconteceu, achar que foi o suficiente. Jesus nos garante
permanentemente a efusão do Espírito Santo, como vimos. Quem tiver sede, vá a Ele e
beba (Jo 7, 37-39), mais e mais. Se o nosso pecado, se a nossa tibieza, se a nossa
pequena fé nos esmorecem, enchamo-nos do Espírito (cf. Ef 5, 12)! Agora isso épossível. É possível oferecermos ao Espírito mais e mais espaço em nossa vida para que
Ele a replene com sua plenitude. Ele, que já está em nós, pode manifestar-se, aqui e
agora, segundo a Sua vontade e nossa abertura à Sua ação...


É até quando vamos ter necessidade da Efusão do Espírito? Até atingirmos a
santidade!!! Isso mesmo, pois, “... se o batismo é um verdadeiro ingresso na santidade
de Deus mediante a inserção em Cristo e a habitação de seu Espírito, seria um contra-
senso contentar-se com uma vida medíocre pautada por uma ética minimalista e uma
religiosidade superficial. Perguntar a um catecúmeno: ‘Queres receber o Batismo?’
significa ao mesmo tempo pedir-lhe: ‘Queres fazer-te santo?’ (Novo Millennio Ineunte,
31). Em março de 2002, falando aos membros de uma delegação da “Renovação no
Espírito Santo”, na Itália, o papa João Paulo II afirmou: “A Igreja e o mundo têm
necessidade de santos, e nós somos tanto mais santos quanto mais deixamos que o
Espírito Santo nos configure com Cristo.” Eis o segredo da experiência regeneradora da
‘efusão do Espírito’, experiência típica que caracteriza o caminho de crescimento
proposto pelos menbros dos vossos Grupos e das vossas Comunidades” (L’Osservatore
Romano, 30/03/2002). E mais recentemente -23 de maio de 2004 -, aos convidar os
Movimentos Apostólicos a participar da Vigília de Pentecostes, dava o motivo de seu
convite: “...para invocar sobre nós e sobre toda a Igreja uma abundante efusão dos sons
do Espírito Santo”...

Que tal manifestarmos a Deus, hoje -quem sabe pela primeira vez, ou, talvez, uma vez
mais -a nossa sede e a nossa vontade de receber mais e mais da efusão do Espírito?
Associemo-nos a Maria – “aquela que, embora já tendo experimentado a plenitude do
Espírito na encarnação do Verbo (gratia plena), obedeceu à instrução do Filho e
também colocou-se à espera do cumprimento da promessa do dom do Espírito”. “E
todos ficaram cheios do Espírito...” (cf. At 2,4). Peçamos, com João Paulo II, a
intercessão dela: “ Ó Virgem Santíssima, mãe de Cristo e da Igreja [...] Tu que
estivestes no Cenáculo com os apóstolos em oração, à espera da vinda do Espírito de
Pentecostes, invoca a Sua renovada efusão sobre todos os fiéis leigos, homens e
mulheres, para que correspondam plenamente à sua vocação e missão, como ramos da
‘verdadeira videira’, chamados a dar ‘muitos frutos’ para a vida do mundo”
(Christifideles Laici, n. 64).

6-Partilha Espontânea (cerca de 20 minutos)

7-Cântico

8-Oração para pedir o Batismo no Espírito Santo

T-Senhor Jesus, vivo, ressuscitado, Vós recebestes o Espírito Santo em plenitude para

comunicá-Lo a todos os que crêem em Vós de todo o coração. Eu creio em Vós, Jesus!
De todo o coração! Com toda a alegria e ação de graças!

Jesus, desejo vivamente viver minha vida cristã em plenitude e santidade. Mas, para
assim vivê-la, eu preciso da ação vigorosa do Vosso Espírito Santo.


Jesus, já me deste o Espírito Santo no dia do meu batismo e O confirmaste em mim
pelo sacramento da crisma. Mas peço-Vos que hoje O libereis em todo o meu ser, para
que eu fique cheio, encharcado, plenificado dEle.

Jesus, um dia dissestes: “Sereis batizados no Espírito Santo.” Batizai-me, agora, Jesus,
conforme a Vossa promessa! Mergulhai-me no oceano do amor e da santidade do
Espírito Santo, para que eu fique plenificado por Sua presença e por Sua ação vigorosa
e santificadora!

Jesus, liberai em mim o Vosso Santo Espírito, de tal modo que Ele se aproprie de mim,
de todo o meu ser: do meu espírito, do meu psiquismo, das minhas faculdades mentais e
emocionais e do meu físico, convertendo-me, libertando-me, transformando-me,
curando-me e santificando-me de tal forma, que eu possa ser uma nova criatura, para
viver uma vida nova, em comunhão de amor com o meu Deus e com os meus irmãos.

Jesus, batizai-me no Espírito Santo! Que eu possa experimentar vivamente Sua
presença e Sua santidade em minha vida, todos os dias! Jesus, que Vosso Espírito Santo
desabroche em mim os setes dons infusos! Jesus, que o Espírito de amor gere em mim
os Seus nove frutos de santidade! Jesus, que o Espírito Santo se manifeste em mim com
Seus carismas, para que eu possa servir muito mais e melhor aos meus irmãos!

Batizai-me, Senhor Jesus, no Vosso Santo Espírito!

Jesus, creio vivamente que Vós fareis acontecer em mim essa graça bendita. Porque
creio, agradeço. Sim, Jesus, agradeço de todo o coração por tão grande graça. Desejo
corresponder ao amor e à ação do Vosso Espírito Santo, com toda a atenção e
dedicação.

Obrigado, Jesus.

(Na seqüência, os servos -dois a dois -rezam por cada um dos participantes, impondolhes
-num gesto de solidariedade e comunhão -as mãos e pedindo a confirmação do
que acabaram de orar. Durante esse momento, os responsáveis pela música -se houver podem
entoar, em uma altura que não atrapalhe a oração, cantos suaves e apropriados
[“Eu navegarei”; “ Batizai-me Senhor”, etc.]).

9-Sugestão de Atividade em Casa

Ler At 10, 24-28. Reservar um tempo para estar em comunhão com o Senhor, repetindo
em oração a disposição de querer ser replenado por seu Espírito. Manifeste ao Senhor a
sua vontade de se deixar conduzir inteiramente por Seu Espírito e de acolher todos os
dons e carismas que Ele quiser lhe conceder.


Lembre-se e confie: “Outrossim, o Espírito vem em auxílio à nossa fraqueza; porque
não sabemos o que devemos pedir, nem orar com convém, mas o Espírito mesmo
intercede por nós com gemidos inefáveis” (Rm 8,26)

BÊNÇÃO FINAL -CONTINUAR NA PRIMEIRA PÁGINA.


9º Dia-Capacitados para Servir

Abertura

4-Leitura Bíblica

Leitura do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos, capítulo 16, versículos de
12 a 18.

5-Reflexão Catequética

D -Pentecostes é uma graça constitutiva -“que faz parte” -do grande mistério pascal,
pelo qual o Filho -o Verbo de Deus encarnado -obteve para nós a remissão de nossas
faltas e a garantia de participação na vida eterna, na comunhão com a Trindade Santa,

Deus tem um propósito especial e muito definido ao nos dar o seu Espírito Santo:
tornar possível a continuidade da graça da salvação para todas as gerações que se
sucedem à morte e ressurreição de Cristo (cf. DIM, 1; DeV, 22 e 67). “ Recebereis o
poder do Espírito Santo e então sereis minhas testemunhas [...] até os confins do
mundo”, nos esclarecia Jesus (cf. At 1,8). “Assim como o Pai me enviou, assim estou
enviando vocês [...]: recebam (para isso) o Espírito Santo! E o que vocês perdoarem,
estará perdoado (cf. Jo 20, 21-23).

O Espírito, pois, nos é dado não apenas como “penhor da nossa herança” eterna (cf. Ef
1 13-14; Gl 4, 6-7, Ti 3, 5-7), mas também para que posamos testemunhar a respeito
da obra de Jesus (cf. Jo 15,26-27). “... é missão do Espírito Santo também o transformar
discípulos em testemunhas de Cristo” conforme nos recorda João Paulo II, em sua
Encíclica Catechese Tradendae, n. 72.

O Catecismo da Igreja católica (n.683) nos diz que “sem o Espírito não é possível ver o
Filho de Deus, e sem o Filho, ninguém pode aproximar-se do Pai, pois o conhecimento
do Pai é o Filho, e o conhecimento do Filho de Deus se faz pelo Espírito Santo.” E
Paulo VI, em sua Encíclica Evangelli Nuntiandi, n.75, nos ensina que “nunca será
possível haver evangelização sem a ação do Espírito Santo [...] Ele é aquele que, hoje
ainda, como nos inícios da Igreja, age em cada um dos evangelizadores que se deixa
possuir e conduzir por ele, e põe na sua boca as palavras que ele sozinho não poderia
encontrar, ao mesmo tempo que predispõe a alma daqueles que escutam, a fim de a
tornar aberta e acolhedora para a Boa Nova e para o reino anunciado. As técnicas da
evangelização são boas, obviamente; mas ainda as mais aperfeiçoadas não poderiam
substituir a ação discreta do Espírito Santo. A preparação mais apurada do
evangelizador nada faz sem ele. De igual modo, a dialética mais convincente, sem ele,
permanece impotente em relação ao espírito dos homens. E, ainda, os mais bem
elaborados esquemas com base sociológica e psicológica, sem Ele, em breve se
demonstram desprovidos de valor.”


Ou seja, é possível ter-se uma abundância de programas, de planejamentos, de projetos,
e até de boas intenções, mas se não levarmos em conta, de modo efetivo e experiencial
(e não apenas com retórica sociológica e teológica) a participação livre e soberana do
operar do Espírito, podemos fazer muito barulho e colher poucos resultados em nosso
trabalho de evangelização. Quem não leva à missão os recursos do poder do Espírito, dá
de si mesmo; e o que nós temos a oferecer é sempre pouco para tocar o coração dos
homens -uma vez que a mensagem cristã contém elementos que vão além da simples
capacidade de compreensão intelectual, racional, dos seres humanos.

Desde os primórdios da evangelização, Paulo ressaltava: “O nosso Evangelho vos foi
pregado não somente por palavra, mas também com poder, com o Espírito Santo e com
plena convicção. Sabeis o que temos sido entre vós para a vossa salvação” (1 Tes 1, 5).
E mais: “Também eu, quando fui ter convosco, irmãos, não fui com o prestígio da
eloqüência nem da sabedoria anunciar-vos o testemunho de Deus. Julguei não dever
saber coisa alguma entre vós, senão Jesus Cristo, e Jesus Cristo crucificado. Eu me
apresentei em vosso meio num estado de fraqueza, de desassossego e de temor. A
minha palavra e a minha pregação longe estavam da eloqüência persuasiva da
sabedoria; eram, antes, uma demonstração do Espírito e do poder divino, para que vossa
fé não se baseasse na sabedoria dos homens, mas no poder de Deus” (1 Cor 2,1-5)

O Concílio Vaticano II, em seu documento sobre o apostolado dos leigos (Decreto
Apostolican Actuositatem, n. 3), advertia: “Impõe-se pois a todos o dever luminoso de
colaborar para que a mensagem divina da salvação seja conhecida e acolhida por todos
os homens em toda a parte.

Para exercerem tal apostolado , o Espírito Santo -que opera a santificação do povo de
Deus por meio do ministério e dos sacramentos -confere ainda dons peculiares aos fiéis
(cf. 1Cor 12,7), “distribuindo-os a todos, um por um, conforme quer” (1 Cor 12, 11), de
maneira que “cada qual, segundo a graça que recebeu, também a ponha a serviço de
outrem” e sejam eles próprios “como bons dispensadores da graça multiforme de Deus”
(1 Pd 4, 10), “para a edificação de todo o corpo na caridade” (cf. Ef 4,16).

A obra da Salvação é uma obra de Deus. E para realizar e cooperar com a obra de Deus,
precisamos do poder de Deus, conforme nos foi prometido e dado (At 1,8). Assim como
é louvável buscarmos o mais frequentemente possível a comunhão com o Senhor na
Eucaristia, de igual modo é salutar pedirmos ao Senhor que nos batize, que nos sature
constantemente com seu Espírito, capacitando-nos adequadamente para a missão.
Abrir-se, pois, ao Espírito Santo e aos seus dons e carismas é a forma concreta de nos
deixarmos interpelar por Sua Palavra e respondermos com fé e generosidade ao
chamado que Deus, privilegiadamente, nos fez em Jesus Cristo , pelo Espírito! Amém!

6-Partilha Espontânea

(cerca de 20 minutos)


Neste dia, o Dirigente orienta todos sobre a importância da participação na vida da
Comunidade Eclesial (Grupos de Oração, de Estudos Bíblicos, de Promoção Social. de
Pastorais diversas), como uma conseqüência da consciência de Pentecostes (At 2,42).
Agradece a participação de todos e faz os pertinentes convites.

7-Cântico

-Oração Final

A -Graças, Senhor, pelo teu Pentecostes, que se renova mais e mais agora. Sabemos
que é chegada a tua hora, e que dispensas os teus dons em profusão...


B -Dá-nos também um Pentecostes que nos abale, que nos sacuda... Um rápido tufão
que da nossa pequenez nos desinstale;
que leve, uivando, a bagatela, o lixo odioso, e ponha à prova das nossas tendas a
firmeza.


A -Dá-nos um Pentecostes que nos derrube ao chão, como um vento conquistador,
impetuoso;
mas que saneie o charco e corte a estrada que nos conduza à segurança e à certeza.


B-Dá-nos um novo Pentecostes, vendaval que arrombe portas e janelas: um sinal para
sairmos de nós, e aos outros dar entrada;
que sobre o mundo nos dê outro cenário sem os espelhos do nosso santuário que só nos
refletem a nós: a nós e o nada!


A -Dá-nos um novo Pentecostes, de abrasar, para a nova de Jesus anunciar aos
pequeninos, aos que choram e têm fome, para que cresçam e riam, em teu nome!
Má nova aos grandes, cuja vida é um não.
Sejam todos pequenos, em teu nome, e chorem, para obter o teu perdão.


B -Dá-nos um novo Pentecostes, fogo e chama, que queime em nós o erro e a
mesquinhez, rasgando a selva e secando a lama... fazendo ver com nova limpidez visões
de apocalipse e de verdade: tua verdade, serena, a uma só: a vida que é nossa, na
Trindade... e, além do pó, um encontro já marcado: a eternidade!


A -Dá-nos um novo Pentecostes, que, além disto, purifique o ouro em nós, até brilhar e
refletir no mundo Jesus Cristo.


B -Dá-nos um novo Pentecostes, que faça ardente tocha da tua igreja. Firmados nessa
rocha o mal não poderá nos arrastar.


T -Renova-a dia-a-dia, para que mais e mais dê glória a Deus, para que mais e mais
sejamos teus, até o renascer na Parusia!



9-Sugestão de Atividade em Casa

Ler 1Cor 12, 1-31. Fazer, em oração, o propósito de ler diariamente um trecho da
Sagrada Escritura.

BÊNÇÃO FINAL -CONTINUAR NA PRIMEIRA PÁGINA.